Un espacio destinado a fomentar la investigación, la valoración, el conocimiento y la difusión de la cultura e historia de la milenaria Nación Guaraní y de los Pueblos Originarios.

Nuestras culturas originarias guardan una gran sabiduría. Ellos saben del vivir en armonía con la naturaleza y han aprendido a conocer sus secretos y utilizarlos en beneficio de todos. Algunos los ven como si fueran pasado sin comprender que sin ellos es imposible el futuro.

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domingo, 27 de enero de 2019

Represa Brumandinho luta contra o tempo em busca dos desaparecidos sob a lama





O Brasil cai de joelhos de novo em Minas Gerais. Uma barragem em Brumadinho, na grande Belo Horizonte, rompeu espalhando morte. 

A estrutura era de responsabilidade da mineradora Vale, que já esteve no olho do furacão em 2015 quando uma represa também ligada à companhia em Mariana, no mesmo Estado, cedeu, e matou 19 pessoas, além de deixar sequelas, algumas irreparáveis, no meio ambiente. Três anos depois, o país assiste nesta sexta-feira, consternado, a um novo desastre ainda mais grave, que já matou ao menos nove pessoas e hospitalizou outras cinco. A Defesa Civil informa que pelo menos 345 funcionários da mineradora ainda estão sem contato. “Com enorme pesar dizemos que isto é uma enorme tragédia, que nos pegou totalmente de surpresa. Estou completamente dilacerado com o que aconteceu”, disse Fabio Schvartsman, presidente da Vale. Havia pouco mais de 400 pessoas, entre funcionários e terceirizados, no momento do acidente. Era a hora do almoço, e parte do empregados estava no refeitório da empresa. “O restaurante e um prédio administrativo foram soterrados”, reconheceu o executivo, que está desde 2017 no comando da mineradora.

Uma grande operação de atendimento e resgate está montada na região de Brumadinho. Ao menos 172 funcionários da Vale já estão a salvo enquanto os bombeiros dizem ter resgatado ao menos 100 pessoas ilhadas pela lama e outras 9 já soterradas pelo rejeitos da mineração. Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro e parte de sua equipe farão um sobrevoo pelo local da tragédia e, quando regressar da viagem, ainda em Belo Horizonte, deverá anunciar novas ações por parte da União. "Depois de Mariana, a gente esperava que não tivesse uma outra (tragédia). Mas infelizmente temos esse problema agora”, disse o novo presidente, que fará essa passagem por Minas antes de fazer, na segunda-feira, uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, sequela do atentado a faca que sofreu em setembro passado.

Assim que soube do incidente em Brumadinho, o Governo Bolsonaro instaurou um gabinete de crise e determinou o envio de contingente militar lotado em Juiz de Fora para ajudar no socorro de vítimas e nas ações da Defesa Civil. Conforme o Palácio do Planalto, três ministros também seguiram para Minas Gerais para avaliar o tamanho do desastre: Ricardo Salles (Meio Ambiente), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Ainda sobram perguntas sobre o que aconteceu em Minas Gerais, mas o certo é que o acidente elevou a temperatura de um debate sobre a abordagem do Governo Bolsonaro para a gestão e proteção ambiental. O presidente brasileiro sempre demonstrou desdém pelo assunto e chegou a cogitar o fim do ministério do Meio Ambiente. Seu Governo já se mostrou favorável à intenção flexibilizar o licenciamento ambiental e dar mais autonomia às empresas para a gestão de projetos que demandem gestão de recursos naturais

Licenciamento e alertas de ambientalistas

O caso da Vale, além de tudo, é emblemático. A barragem de Brumadinho estava em vias de ser desativada –de fato, segundo a companhia, desde 2015 não recebia novos rejeitos da mineração– e tinha uma licença ambiental desde dezembro, concedida pela estadual Secretaria de Estado de Meio e Desenvolvimento Sustentável (Semad). “O empreendimento, e também a barragem, estão devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento (encerramento de atividades)”, afirmou a Semad. Segundo o presidente da Vale, a barragem havia sido auditada por consultorias que atestavam estabilidade, e a empresa fazia revisões periódicas da estrutura. Uma das companhias que a auditaram foi a alemã Tuv Sud, segundo Fabio Schwartsman. A empresa contava ainda com um sistema de sirenes de emergência para avisar potenciais perigos, mas há dúvidas se elas funcionaram durante o acidente. Os primeiros relatos ouvidos pelos bombeiros é de que não houve alerta sonoro antes do tsunami de lama.

Os ambientalistas e ativistas da região contestam tanto a Semad quanto a Vale sobre a situação da represa. Afirmam que há anos denunciavam os problemas da barragem, construída com a técnica mais barata e considerada menos segura, segundo os especialistas. "Se a lei proibisse a construção de barragens à montante (feita com os próprios rejeitos) acima de comunidades humanas, como fazem muitos países, teríamos menos desastres", afirma Guilherme Meneghin, promotor responsável pelo caso do desastre de Mariana.

O panorama de Brumandinho está longe de ser isolado, ou um problema do atual Governo. Só em Minas Gerais há cerca de 450 barragens e ao menos 22 delas não têm garantia de estabilidade. A ex-senadora Marina Silva foi uma das vozes que elevaram o tom para apontar o erro do Brasil na gestão pública e privada com recursos naturais. “Depois de 3 anos do grave crime ambiental em Mariana, com investigações ainda não concluídas e responsáveis punidos, a história se repete como tragédia em Brumadinho. É inadmissível que o poder público e empresas mineradoras não tenham aprendido nada”, escreveu ela eu seu Twitter. "Como posso dizer que aprendemos após o acidente de Mariana?", disse também o próprio CEO da Vale, que viu as ações da empresa despencarem nas bolsas no Brasil e no exterior. Segundo o canal Globo News, o Governo de Minas conseguiu na Justiça uma decisão que obriga a empresa a ajudar no resgates e congela um bilhão de reais das contas da multinacional.


Para Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, acidentes como este não são casuais. “Tragédias dessa magnitude não são acidentes, são crimes”, disse ela à revista Época, um lema que correu as redes sociais. "Que a tragédia de Brumadinho abra os olhos do Governo. Meio ambiente não é zoeira de esquerda: é respeito à vida das pessoas e do planeta. O Governo deve regular e fiscalizar com mais energia sem demonizar quem disso se ocupa", escreveu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Twitter.

À medida que passava o tempo, a tragédia de Brumandinho ia ganhando mais detalhes. Segundo as autoridades, não foi apenas uma barragem a se romper, mas três no complexo: o primeiro estouro de lama levou a que mais duas represas cedessem. Até a publicação desta reportagem, não havia uma lista oficial com o nome de desaparecidos. A angústia corria por telefone e grupos de WhatsApp na região, que trocavam informações sobre as tentativas de contato. "Muito provavelmente iremos resgatar somente corpos", disse o governador de Minas, Romeu Zema.


Fuente: El Pais (Corresponsalia Brasil) - 26 de Enero de 2019


miércoles, 26 de julio de 2017

Argentina: Organizaciones ambientales contra la construcción de las represas en Santa Cruz


La Coalición “RIO SANTA CRUZ SIN REPRESAS”se presentan con el objetivo de reclamar que se desestime la construcción del complejo hidroeléctrico Kirchner-Cepernic sobre el último río glaciario de la Patagonia que corre libre desde la cordillera hasta el mar.


La construcción de las represas Kirchner-Cepernic debe desestimarse por las siguientes razones:

 1. Carencia en la justificación energética y económica
Las grandes represas no son consideradas energías renovables porque tienen un alto impacto sobre el ambiente natural y una escasa vida útil por acumulación de sedimentos, dejándolas inoperables. Además su productividad o factor de planta sería del 34% (comparada con Yacyretá que tiene un 71%), y sólo el 43% de la energía que generarían podría ser aprovechada por la capacidad de los tendidos eléctricos actuales. En su diseño se desconoció, asimismo, la importancia estratégica del proyecto en un marco de análisis integral e interministerial, como también, el costo real de los MW generados y cómo y quién lo pagaría.
La Canciller Susana Malcorra manifestó asimismo que el proyecto de las represas de Santa Cruz será menos ambicioso que lo presupuestado, pero que se logrará. En esa línea, se informó que las represas en cuestión pasarán de tener 11 a 8 turbinas, se reducirá el monto de la obra de US$ 7600 millones a US$ 4000 millones, se aplazarán los tiempos de la misma y que la provincia de Santa Cruz obtendrá un 12% de regalías por la energía transportada al país, aunque el Estado Nacional mantendrá la propiedad de las obras. Esto visibiliza que el proyecto hidroeléctrico responde meramente a compromisos financieros con otra nación para evitar una eventual situación de cross default, más que por genuinas prioridades energéticas y ambientales, consensuadas estratégica y participativamente entre todos los argentinos.

2. Impacto socio-ambiental
Dentro de la comunidad científica, existe consenso al afirmar que la construcción de represas es una de las mayores causas de disrupciones en los flujos de agua. Al mismo tiempo, son factores destructivos primarios del hábitat acuático, contribuyendo sustancialmente a la destrucción de pesquerías, la extinción de especies y la pérdida generalizada de servicios ecosistémicos de los cuáles depende la economía humana. Un informe sobre impactos particulares del complejo hidroeléctrico Kirchner- Cepernic realizado por la Administración de Parques Nacionales destacó el riesgo en la pérdida de la biodiversidad, comunidades limnológicas, así como de valores culturales, debido a la pérdida de información arqueológica y patrimonio paleontológico.
Un complejo hidroeléctrico como éste convertiría al río Santa Cruz en grandes embalses artificiales, devastando un ecosistema irremplazable como el área de influencia del Parque Nacional Los Glaciares (declarado Patrimonio de la Humanidad por la Unesco) que alberga los glaciares Perito Moreno y Upsala, y el Parque Nacional Monte León. Asimismo, la confluencia y desembocadura de los ríos Chico y Santa Cruz ha sido declarada como AICA (Área de Importancia para la Conservación de las Aves). El sitio es clave como lugar de invernada para el críticamente amenazado macá tobiano (Podiceps gallardoi), ave endémica de la Argentina registrada sólo en la provincia de Santa Cruz y declarada Monumento Natural Provincial.

3. Déficits en materia de transparencia e información pública ambiental
El proyecto se encuentra viciado desde sus inicios, caracterizándose por una preocupante y sistemática ausencia de información vital, impidiendo al proceso de Evaluación de Impacto Ambiental (EIA) cumplir con sus fines preventivos y precautorios y violando las previsiones de las leyes General del Ambiente (25675), de Protección de Glaciares (26639) y de Parques Nacionales (22351). Esta clase de deficiencias le fueron planteadas por sendas acciones judiciales a la Corte Suprema de Justicia de la Nación, la cual recientemente exhortó al Estado a que informe si se han llevado a cabo estos estudios, previo a la construcción de las represas.

Entre las irregularidades más notables se destacan principalmente dos: la falta de un proceso de adjudicación transparente, realizado previo a la aprobación de la construcción, violando además el procedimiento administrativo de EIA, ya que se inició meses antes de realizar un estudio que permitiera evaluar adecuadamente los efectos de la obra en el ambiente y la comunidad; y la instancia defectuosa de participación ciudadana que impidieron una real y genuina contribución del público, haciendo que dicho ejercicio quedara reducido a un mero formalismo.

Ayer se informó públicamente que se avanzará, en lo inmediato, con las obras de ingeniería y quedará habilitado sin más trabas el resto de la línea de créditos chinos, avivando otro debate que es el rol del financiamiento extranjero, en este caso chino, en nuestra economía. Pareciera que la presión para realización de las obras excede las necesidades nacionales para enfrentar la crisis energética y este proyecto sería un bastión en la Asociación Estratégica Integral. En efecto, en respuesta desde el gobierno de China se advirtió que frenarían otros convenios acordados a partir de julio de 2014, entre los que se encuentran las obras para las centrales nucleares y un swap financiero, herramienta para estabilizar el tipo de cambio y de esta manera fortalecer el nivel nacional de reservas.

En definitiva, se avanza aun cuando no atravesó el proceso jurídico-administrativo de la EIA y Evaluación Ambiental Estratégica. 

Hoy se desconocen los potenciales daños que las represas podrían generar, incluso con el nuevo diseño. El indicar que por el simple pase de 11 a 8 turbinas, se evitará que la potencia de las represas impacte en el ambiente es, por lo menos, una irresponsabilidad del Estado Nacional.

Fuentes: Río Santa Cruz Libre - La Coalición está integrada por las organizaciones Fundación Ambiente y Recursos Naturales (FARN), Aves Argentinas, Banco de Bosques, Flora y Fauna, Fundación Naturaleza para el Futuro (FuNaFu) y Fundación Vida Silvestre Argentina (FVSA).

Blog del Proyecto Lemu

sábado, 22 de julio de 2017

Rio Santa Cruz sin Represas

Mis
ríos corren
libres y cantarines
con aguas limpias y puras
los peces nadan felices y van
y vienen y vuelven, van y vuelven.
¡Qué alegría me dan mis ríos llenos de vida
el agua se desliza mansa en su viaje de ida!
Las cascadas y rápidos la mueven
los pueblos de la orilla van
a nadar y a pescar horas
libres y cantarines
corren mis
ríos.
Tus
ríos están
presos y callados
con aguas sucias y muertas
los peces se fueron tristes, no van
no vienen y van, no nadan, no existen.
¡Qué pena me dan tus ríos llenos de represas
grises y altos muros mantienen al agua presa!
Con falsas promesas de progreso revisten
la pobreza de los pueblos que quedan
ahogados, aislados, muertos,
olvidados y callados
tus ríos
están.


Claudia Guerrido, El Calafate, Octubre 2007.



sábado, 30 de abril de 2016

El día que los Mandurukus (etnia indígena del Amazonas) ganaron la batalla contra las hidroeléctricas


La construcción de la presa de São Luiz do Tapajós se ha paralizado después de que un organismo estatal reconociera que el proyecto vulnera el territorio donde vive la tribu Munduruku.

Los planes de construir una gran presa hidroeléctrica en el Amazonas se han interrumpido después de que el Instituto Brasileño de Medio Ambiente (Ibama) suspendiera la concesión de licencias por el impacto que podría tener sobre las comunidades indígenas en la zona.

Un indígena munduruku junto a un policía durante la ocupación de la central eléctrica de Belo Monte, que comenzó a funcionar la semana pasada. EFE
La presa de 8.000 megavatios de São Luiz Do Tapajós es uno de las piezas clave en el proyecto gubernamental de expandir la generación eléctrica en el Amazonas. Sería la segunda más grande del país, después de la controvertida central eléctrica de Belo Monte, que finalmente comenzó a operar la semana pasada. 

Pero en una carta enviada esta semana a las autoridades de Electrobrás, la empresa estatal de energía, y a la Funai, la agencia de asuntos indígenas, Marilene Ramos, presidente de Ibama, destacó la "inviabilidad del proyecto debido al factor indígena". 

Cerca de 10.000 personas de la tribu Munduruku viven alrededor del río Tapajós. La presa causaría la inundación de gran parte de la zona, lo que provocaría el traslado obligatorio de, por lo menos, algunas de las comunidades indígenas, una medida que está estrictamente prohibida por la Constitución de Brasil, excepto en casos de epidemia o de guerra. 
Protesta contra la represa y la central eléctrica en el río Tapajós. FOTO: GREENPEACE
Durante diez años, los esfuerzos del pueblo Munduruku por preservar su territorio fueron en vano debido a la constante negativa del Gobierno de reconocer el territorio indígena, lo que provocó que la comunidad llevara a cabo su propio proceso de demarcación. Pero, en otra victoria para el pueblo Munduruku, esta semana la Funai ha publicado un informe inicial que delimita 170.000 hectáreas de territorio pertenecientes a los indígenas Sawré Muybu.

Un informe clave y una ley que retrocede
Según el director del programa Amazonas de la ONG International Rivers, Brent Millikan, "la publicación de este informe es de gran importancia": "Esto significa un palo en la rueda del proceso de concesión de licencias. Demuestra que hay un derecho constitucional que se debe respetar". De acuerdo con Ramos, el futuro de la concesión depende ahora de un "informe final" de la Funai. Si la agencia de asuntos indígenas confirma el estado de las tierras, los activistas piensan que será muy difícil que el Gobierno trate de burlar la Constitución".

Concienciando sobre la necesidad de la no construcción de represas
"La Constitución de Brasil es bastante progresista cuando se trata de reconocer a los pueblos indígenas y sus derechos", explica Millikan. "Solo en circunstancias extraordinarias se podría explotar los recursos de sus tierras y tan solo mediante la aprobación del Congreso".

Por ahora el obstáculo mayor para avanzar con el desarrollo de la cuenca del Amazonas es económico. Tras años de demandas que amedrentaron a la presa de Belo Monte, las empresas de construcción y energéticas no las tienen todas consigo para ponerse a arriesgar grandes cantidades en los estudios de impacto ambiental de proyectos que podrían no ver la luz, en especial en medio de una crisis económica.

Según Márcio Santilli, socio fundador de la ONG Instituto Socioambiental (ISA), "estas presas se planificaron cuando el Gobierno esperaba un incremento en la demanda energética del 4% anual en relación con el crecimiento": "Pero en 2015, el PIB se contrajo un 3,8% y las proyecciones para 2016 indicaban una caída similar". 

Danza Munduruku a lo largo del Río Tapajós en Noviembre 2.015 durante la "Caravana de la Resistencia"
Aunque la recesión haya obligado a hacer una pausa en el desarrollo de la región, la crisis política brasileña, que todo parece indicar terminará con la destitución de Dilma Rousseff el próximo mes, podría cambiar esa dinámica. Como recuerda Santilili, se trata de "un momento de gran inestabilidad": "Posiblemente, la elección de un nuevo presidente de Ibama podría revertir la decisión de suspender las concesiones".

A principios de la semana pasada, Eduardo Braga, ministro de Minas y Energía de Brasil, renunció a su cargo. Es probable que no se le busque un reemplazante hasta después de que el Senado vote, a mediados de mayo, si decide o no realizar el juicio político a la presidente Rousseff.   

Caciques y Guerreros Mundurukus protestando en la Cámara de Diputados en Brasil el 10 de Diciembre de 2.013. Fotografía: Luís Macedo / Acervo / Cámara de Diputados Brasil
Además de esta incertidumbre, el Senado está tratando ahora una ley estratégica de desarrollo, conocida como PLS 654/2015, que podría acelerar de forma significativa el proceso de concesión de licencias: reduce la protección ambiental consagrada en la Constitución de Brasil y elimina las consultas públicas como requisito imprescindible en temas medioambientales.

Fuente: The Guardian (Bruce Douglas)
Traducción de Francisco de Zárate para eldiario.es
25 de Abril de 2.016

Lider Munduruku caminando a lo largo del Río Tapajós , Fotografía: Lunae Parracho (Greenpeace)


miércoles, 27 de enero de 2016

Represas: Reservorio gigante del Dengue



Un viejo debate reaparece por el pánico de la población a enfermarse. Se denuncian cientos de casos y el gobierno está desorientado. Ambientalistas ratifican su dura posición. La OMS recomienda no hacer represas en zonas subtropicales. “Son reservorios gigantes de mosquitos”, aseguran.

Larvas del Aedes Aegypti

Una vez más la provincia de Misiones padece un fuerte embate de las enfermedades vectoriales y como aun no se percibe una clara política de lucha y/o prevención por parte del gobierno, la población entra en pánico.

En esta ocasión, el protagonista es el Dengue, pero años anteriores se sufrió por Leishmaniasis y Fiebre Amarilla. Siempre la gente aparece indefensa; el gobierno desprevenido y las verdaderas causas escondidas.

Largas filas en los Hospitales, cientos de reclamos de limpieza y fumigación, aumento del precio de repelentes, y poca información oficial sobre el tema. Son los retratos de este caluroso Enero en Misiones.

Después de discutir lo urgente, de a poco se vuelve al debate de fondo. Porque hay Dengue en Misiones? Parte de la discusión está más que clara para los ambientalistas que integran la Mesa Provincial por el NO a las Represas que desde hace años aseguran categóricamente que las hidroeléctricas son parte de las verdaderas causas de las enfermedades vectoriales. “Yacyreta es un reservorio gigante”, indicó a Misiones Cuatro el ambientalista Eduardo Lujan.

Y a propósito del tema, sin dudar agregó que “está bien que se haga la campaña para que la población colabore y que se reclame que se fumiguen los barrios y demás, pero nada de eso es suficiente, porque la ciudad está rodeada de agua estancada”.

Aedes aegypti, portador del dengue
En este sentido el ambientalista explicó que el problema radica además en que en Posadas hay agua estancada en toda la ciudad, no solo por el Lago de Yacyretá, sino que también los arroyos afluentes del Paraná están “taponados” por la altura excesiva del río y provocan inundaciones cada vez que llueve generándose así grandes charcos de agua dentro de la ciudad sin la contención adecuada.

Luján explicó: “Pero no porque lo digamos nosotros, sino porque esto lo recomienda desde hace ya muchos años la Organización Mundial de la Salud, que recomienda no construir mega represas en zonas tropicales o subtropicales; porque este tipo de enfermedades se transforman en endémicas automáticamente, porque hay una relación directa con el estancamiento del agua y la proliferación de los vectores de estas enfermedades”.

“Hace veinte años dije que las represas envenenan las aguas generando dengue y leishmaniasis, me trataron de loco”, había asegurado el ingeniero Eduardo Basso del Pont al diario TN Goya de Corrientes.

“Represas significan: impactos ambientales tremendos, desalojo de poblaciones de sus lugares de asentamientos, enfermedades, contaminación de las aguas y que el resto de los argentinos paguemos las fiestas de algunos. Sin embargo, sólo nos hacen socios en la contaminación, en el quebranto, en el riesgo de estallido de la represa y en el envenenamiento del agua”, sentenció el ecologista hace un par de años."

Por su parte, al respecto del problema sanitario que trae aparejado la construcción de Represas, el ecologista Raúl Aramendy siempre destacó el informe sobre “Enfermedades Parasitarias, Desarrollo Hídrico” (1994) de la Organización Mundial de la Salud, en la que se recomienda no construir represas hidroeléctricas en zonas tropicales y subtropicales, por considerarlas “zonas de alto riesgo” para las zoonosis, desde el punto de vista ambiental y sanitario.

Lugares de reproducción del mosquito Aedes Aegypti en los domicilios y consejos para combatirlo

En este sentido, Aramendy siempre aseguró que la represa de Yacyreta “nos trajo” las enfermedades vectoriales como el Dengue y la Leishmaniasis pero también advirtió que ya se pueden encontrar los vectores de la esquistosomiasis.

“El desarrollo económico no debe deteriorar la salud, ni causar enfermedades”, señaló Raúl Aramendy.

La Organización Mundial de la Salud, organismo de Naciones Unidas a recomienda “No hacer represas entre los paralelos 30 de latitud norte (Subtropico de Cáncer) y 30 de latitud sur (Subtropico de Capricornio). Misiones se encuentra entre los paralelos 25 y 27. Totalmente dentro de lo que la OMS considera “zona de altísimo riesgo sanitario”. Hacer represas en estas latitudes es montar una “bomba biológica” dice el documento de la OMS “Enfermedades parasitarias y desarrollo hidráulico”, 1994.

Misiones: Malaria, Leishmaniasis, Dengue y demás yerbas
Fragmento del texto: Megarepresas: Pensando sobre la relación entre la sanidad, la salud, la economía y el desarrollo (Ecoportal.net) Raúl Aramendy – Ambientalista.

Me veo en la obligación de volver a poner esta cita: “Hay que partir del principio de que el desarrollo económico no debe deteriorar la salud ni causar enfermedades” Principio Básico de la OMS, pag. 103, “Enfermedades parasitarias y desarrollo hidráulico”, 1994.

Campaña de erradicación del Dengue

En la nota anterior hablamos de la esquistosomiasis y del caracol vector de esta enfermedad grave. Lo repito porque andan circulando por allí afirmaciones acerca de que sólo los mosquitos son vectores de enfermedades, para el caso de las megarepresas, y no es así. A la vez que afirmar que hay vectores que aparecen sólo cuando las condiciones del lugar son óptimas para su vida (como aguas de lenta circulación, por ejemplo). Y claro que esto es una cuestión sanitaria.

Hacer o no una tremenda represa, estancando grandes cantidades de agua, inundando miles de hectáreas, es una cuestión sanitaria, y no solamente el ver qué hacemos después del desastre para evitar que sea tan grave (se está creando, en estos momentos un Instituto, con sede en Iguazú, para el estudio de Enfermedades Tropicales, por parte del Estado nacional, como si ya se lo vieran venir y se prepararan para actuar después del desastre, mitigándolo, y no antes para evitarlo).

Los problemas sanitarios que están ocasionando las mega-represas en todo el mundo, preocupan a científicos, técnicos, sanitaristas, médicos y centros de estudio del mundo y de nuestra región, en grado creciente. El Foro Boliviano de Medio Ambiente y Desarrollo (Fobomade), preocupado por la construcción de represas en Brasil, en la región fronteriza con el departamento de Pando, realizó un estudio publicado en el documento “Bajo el caudal: El impacto de las represas del río Madera en Bolivia”. En el afirman que “Más víctimas de malaria, dengue y leishmaniasis son las consecuencias que puede tener la construcción de represas en Brasil, en la región fronteriza con el departamento de Pando”. Estas afirmaciones fueron avaladas por el viceministro de Biodiversidad, Recursos Naturales y Medio Ambiente, Juan Pablo Ramos, quien explicó que Bolivia hizo una evaluación técnico-científica en el 2008 que confirma los efectos negativos de esas obras. El informe del Fobomade advierte que los niños serán el grupo más damnificado por la malaria, además de los inmigrantes. Los cálculos apuntan a que serán 13 veces más vulnerables con la nueva represa, en especial los menores, y hasta cinco veces más, la población en general.

Pando es el departamento de Bolivia con mayor incidencia de malaria, situación que no parece preocupar para nada a Brasil el país, que junto a China, más represas está construyendo en América Latina en estos momentos, sobre todo dentro y en zonas de frontera.

Un elemento importante para las reflexiones que nosotros tenemos que realizar ante los intentos de construir Garabi y Panambi es que, como afirma el estudio boliviano “El efecto predecible es que poblaciones cercanas a sitios de inundación a un promedio de tres kilómetros (rango de vuelo de los mosquitos) incrementarán sus niveles de incidencia en malaria”. Una Misiones con malaria, con leishmaniasis, con dengue, con esquistosomiasis, con fiebre amarilla y demás enfermedades tropicales, será muy poco atractiva para el turismo internacional que nos permitió, por ejemplo en el 2006, generar ingresos del orden de los 700 millones de pesos.

¿Y cómo puede incidir una mega-represa en la proliferación del dengue? El estudio señala que “la construcción de espacios urbanizados para quienes se encarguen de ejecutar el proyecto puede desembocar en la propagación del vector, que, se asevera que es urbano, pero se sabe que puede reacomodarse eventualmente en áreas rurales.”

“Lo que eleva el riesgo de contagio es que esos asentamientos, en general, no suelen estar dotados de los servicios básicos suficientes, como un adecuado sistema de distribución de aguas, por lo que el grado de precariedad es también una causa de la proliferación del insecto.”

“La propagación del dengue implicaría al Estado un costo para la atención de los damnificados y una inversión para equipamiento de fumigación con agentes químicos a fin de eliminar los criaderos de larvas de los mosquitos Aedes aegypti.” No olvidar que acá ya tenemos dengue.

Con respecto a la leishmaniasis nuestros vecinos informan que “Hay en el país entre uno y tres casos de leishmaniasis por cada 1.000 habitantes, y en zonas de alto riesgo, como las áreas selváticas pandinas, la incidencia se eleva a tres casos. Está presente en regiones de esas características del oriente, Cochabamba, Tarija y La Paz.” A tener en cuenta por parte de los misioneros que ya tuvimos (¿por incidencia de Yacyretá?) brotes de leishmaniasis en nuestra provincia, sobre todo de la canina. Y hay que decirlo, los animales importan, no son cosas, son seres vivos. Aunque también tuvimos ya casos en humanos, que también importan.

Campaña de prevención del Dengue

La Leishmaniasis canina es una enfermedad causada por un protozoario, Leishmania spp, transmitido por mosquitos del género Phlebotomus. Lamentablemente nos conviene conocer estos detalles.
La Leishmaniasis canina no es sólo un problema veterinario, debido a que es una zoonosis de importancia mundial.

Crece en el mundo y es de reciente aparición en Argentina, siendo que la prevalencia de la enfermedad es mucho mayor a lo que se suponía en un principio. El perro actúa como reservorio de la Leishmaniasis humana e incluso los perros con infecciones inaparentes son capaces de transmitir la enfermedad a través de vectores y juegan un rol fundamental en la diseminación del parásito. Nuestro alerta debe ser mayor y preventivo ya que, lo repito, humanos y caninos comparten el vector, siendo estos últimos reservorios de esta enfermedad de gran importancia epidemiológica.

Mas aguas estancadas rodeando a todo Misiones (tener en cuenta que a Garabi y Panambi se pretende sumar la represa de Corpus –prohibida por Ley Provincial- y, según el diputado Llera, una más que los brasileños pretenden hacer en su territorio pero sobre el rio Iguazú, afectando fuertemente a las Cataratas).

La Agencia Nacional de Energía Eléctrica de Brasil, adjudicó recientemente los contratos para construir una represa hidroeléctrica sobre el río Iguazú que estaría emplazada a menos de 1 kilómetro del Parque Nacional Iguazú y a unos 100 kilómetros de la localidad misionera de Andresito, entre Capanema y Capitán Leónidas, ciudades brasileñas del Estado de Paraná. Generaría una potencia de 350 megawatts, suficiente para abastecer a una ciudad de alrededor de un millón de habitantes o a una provincia, como Misiones. El embalse va a inundar unos 13,6 kilómetros cuadrados y exigirá la relocalización de 360 familias. Esa cantidad de Mw/h es, según manifestó el Gobernador Closs, el tope de consumo de Misiones, a las 15 hs., en verano.

Tengamos en cuenta que los brasileños YA construyeron, sobre el rio Iguazú, las represas de Salto Osorio, Salto Santiago, Segredo y Foz de Areia (Ver el excelente informe de “Primera Edición”, serie Temática, del 14 de marzo –día mundial de lucha contra las represas- del 2006), a la que debemos ya sumar (¿la última?) Salto Caxias. Esta es la más próxima a nuestra frontera.

Aunque aún Misiones no tiene una Matriz Energética (y sobre esto volveremos en futuras notas) confiamos en este dato del Gobernador. Y de paso decimos que si ese es el potencial que nuestra provincia consume actualmente deberíamos, si pensamos desde, con y para los misioneros, preocuparnos por generar esta cantidad más lo necesario para crecer en los próximos 30 años, o poco mas, que es lo que tienen de vida útil casi todas las megarepresas, con los niveles de fuerte colmatación que sufren por la modalidad de producción agrícola hegemónica, basada en el monocultivo extensivo y el desmonte generalizado. ¿Por qué pretendemos generar, con Garabi más Panambi unos 2.200 Mw? Mas, aun, cuando desde la Represa de Uruguai, construida hace ya casi dos décadas, se genera en estos momentos 150 de los 350 MW/h del consumo actual. Al decir del presidente de la empresa Electricidad de Misiones SA (EMSA), Héctor López Ricci, “hay perspectivas positivas en relación a la cota del lago, hecho auspicioso porque aporta una seguridad importante al sistema provincial, además de energía suficiente para sostener la actual demanda” (declaraciones periodísticas del 15 de Febrero del 2011 Edición Nº 22 de El Libertador, subrayado nuestro).

Datos como estos, y otros que analizaremos en próximos artículos, nos permiten concluir que no se está pensando en las necesidades de autoabastecimiento de energía eléctrica para los misioneros, cuando se nos proponen nuevas megarepresas en esta región. Sobre todo teniendo en cuenta que la mitad del Complejo Garabi-Panambi (1.100 MW) ira, directamente, a Brasil. Muchos problemas y consecuencias para pocos resultados, mirándolo desde los intereses de los misioneros.

Fuente: Garupadigital.com – Garupa (Misiones-Argentina) – 19 de Enero de 2.016.