Un espacio destinado a fomentar la investigación, la valoración, el conocimiento y la difusión de la cultura e historia de la milenaria Nación Guaraní y de los Pueblos Originarios.
Nuestras culturas originarias guardan una gran sabiduría. Ellos saben del vivir en armonía con la naturaleza y han aprendido a conocer sus secretos y utilizarlos en beneficio de todos. Algunos los ven como si fueran pasado sin comprender que sin ellos es imposible el futuro.
Minas vive drama de novo desastre ambiental com mortes após rompimento de barragemEscrito por Afonso Benites, Carla Jimènez y Heloìsa Mendonca para El Pais (Brasil
O Brasil cai de joelhos de novo em Minas Gerais. Uma barragem em Brumadinho, na grande Belo Horizonte, rompeu espalhando morte.
A estrutura era de responsabilidade da mineradora Vale, que já esteve no olho do furacão em 2015 quando uma represa também ligada à companhia em Mariana, no mesmo Estado, cedeu, e matou 19 pessoas, além de deixar sequelas, algumas irreparáveis, no meio ambiente. Três anos depois, o país assiste nesta sexta-feira, consternado, a um novo desastre ainda mais grave, que já matou ao menos nove pessoas e hospitalizou outras cinco. A Defesa Civil informa que pelo menos 345 funcionários da mineradora ainda estão sem contato. “Com enorme pesar dizemos que isto é uma enorme tragédia, que nos pegou totalmente de surpresa. Estou completamente dilacerado com o que aconteceu”, disse Fabio Schvartsman, presidente da Vale. Havia pouco mais de 400 pessoas, entre funcionários e terceirizados, no momento do acidente. Era a hora do almoço, e parte do empregados estava no refeitório da empresa. “O restaurante e um prédio administrativo foram soterrados”, reconheceu o executivo, que está desde 2017 no comando da mineradora.
Uma grande operação de atendimento e resgate está montada na região de Brumadinho. Ao menos 172 funcionários da Vale já estão a salvo enquanto os bombeiros dizem ter resgatado ao menos 100 pessoas ilhadas pela lama e outras 9 já soterradas pelo rejeitos da mineração. Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro e parte de sua equipe farão um sobrevoo pelo local da tragédia e, quando regressar da viagem, ainda em Belo Horizonte, deverá anunciar novas ações por parte da União. "Depois de Mariana, a gente esperava que não tivesse uma outra (tragédia). Mas infelizmente temos esse problema agora”, disse o novo presidente, que fará essa passagem por Minas antes de fazer, na segunda-feira, uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, sequela do atentado a faca que sofreu em setembro passado.
Assim que soube do incidente em Brumadinho, o Governo Bolsonaro instaurou um gabinete de crise e determinou o envio de contingente militar lotado em Juiz de Fora para ajudar no socorro de vítimas e nas ações da Defesa Civil. Conforme o Palácio do Planalto, três ministros também seguiram para Minas Gerais para avaliar o tamanho do desastre: Ricardo Salles (Meio Ambiente), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Ainda sobram perguntas sobre o que aconteceu em Minas Gerais, mas o certo é que o acidente elevou a temperatura de um debate sobre a abordagem do Governo Bolsonaro para a gestão e proteção ambiental. O presidente brasileiro sempre demonstrou desdém pelo assunto e chegou a cogitar o fim do ministério do Meio Ambiente. Seu Governo já se mostrou favorável à intenção flexibilizar o licenciamento ambiental e dar mais autonomia às empresas para a gestão de projetos que demandem gestão de recursos naturais
Licenciamento e alertas de ambientalistas
O caso da Vale, além de tudo, é emblemático. A barragem de Brumadinho estava em vias de ser desativada –de fato, segundo a companhia, desde 2015 não recebia novos rejeitos da mineração– e tinha uma licença ambiental desde dezembro, concedida pela estadual Secretaria de Estado de Meio e Desenvolvimento Sustentável (Semad). “O empreendimento, e também a barragem, estão devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento (encerramento de atividades)”, afirmou a Semad. Segundo o presidente da Vale, a barragem havia sido auditada por consultorias que atestavam estabilidade, e a empresa fazia revisões periódicas da estrutura. Uma das companhias que a auditaram foi a alemã Tuv Sud, segundo Fabio Schwartsman. A empresa contava ainda com um sistema de sirenes de emergência para avisar potenciais perigos, mas há dúvidas se elas funcionaram durante o acidente. Os primeiros relatos ouvidos pelos bombeiros é de que não houve alerta sonoro antes do tsunami de lama.
Os ambientalistas e ativistas da região contestam tanto a Semad quanto a Vale sobre a situação da represa. Afirmam que há anos denunciavam os problemas da barragem, construída com a técnica mais barata e considerada menos segura, segundo os especialistas. "Se a lei proibisse a construção de barragens à montante (feita com os próprios rejeitos) acima de comunidades humanas, como fazem muitos países, teríamos menos desastres", afirma Guilherme Meneghin, promotor responsável pelo caso do desastre de Mariana.
O panorama de Brumandinho está longe de ser isolado, ou um problema do atual Governo. Só em Minas Gerais há cerca de 450 barragens e ao menos 22 delas não têm garantia de estabilidade. A ex-senadora Marina Silva foi uma das vozes que elevaram o tom para apontar o erro do Brasil na gestão pública e privada com recursos naturais. “Depois de 3 anos do grave crime ambiental em Mariana, com investigações ainda não concluídas e responsáveis punidos, a história se repete como tragédia em Brumadinho. É inadmissível que o poder público e empresas mineradoras não tenham aprendido nada”, escreveu ela eu seu Twitter. "Como posso dizer que aprendemos após o acidente de Mariana?", disse também o próprio CEO da Vale, que viu as ações da empresa despencarem nas bolsas no Brasil e no exterior. Segundo o canal Globo News, o Governo de Minas conseguiu na Justiça uma decisão que obriga a empresa a ajudar no resgates e congela um bilhão de reais das contas da multinacional.
Para Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, acidentes como este não são casuais. “Tragédias dessa magnitude não são acidentes, são crimes”, disse ela à revista Época, um lema que correu as redes sociais. "Que a tragédia de Brumadinho abra os olhos do Governo. Meio ambiente não é zoeira de esquerda: é respeito à vida das pessoas e do planeta. O Governo deve regular e fiscalizar com mais energia sem demonizar quem disso se ocupa", escreveu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Twitter.
À medida que passava o tempo, a tragédia de Brumandinho ia ganhando mais detalhes. Segundo as autoridades, não foi apenas uma barragem a se romper, mas três no complexo: o primeiro estouro de lama levou a que mais duas represas cedessem. Até a publicação desta reportagem, não havia uma lista oficial com o nome de desaparecidos. A angústia corria por telefone e grupos de WhatsApp na região, que trocavam informações sobre as tentativas de contato. "Muito provavelmente iremos resgatar somente corpos", disse o governador de Minas, Romeu Zema.
Fuente: El Pais (Corresponsalia Brasil) - 26 de Enero de 2019
La Coalición “RIO SANTA CRUZ SIN REPRESAS”se presentan con el
objetivo de reclamar que se desestime la construcción del complejo
hidroeléctrico Kirchner-Cepernic sobre el último río glaciario de la
Patagonia que corre libre desde la cordillera hasta el mar.
La construcción de las represas Kirchner-Cepernic debe desestimarse por las
siguientes razones:
1. Carencia en la justificación energética y económica
Las grandes represas no son consideradas energías renovables porque tienen un
alto impacto sobre el ambiente natural y una escasa vida útil por acumulación
de sedimentos, dejándolas inoperables. Además su productividad o factor de
planta sería del 34% (comparada con Yacyretá que tiene un 71%), y sólo el 43%
de la energía que generarían podría ser aprovechada por la capacidad de los
tendidos eléctricos actuales. En su diseño se desconoció, asimismo, la
importancia estratégica del proyecto en un marco de análisis integral e
interministerial, como también, el costo real de los MW generados y cómo y
quién lo pagaría.
La Canciller Susana Malcorra manifestó asimismo que el proyecto de
las represas de Santa Cruz será menos ambicioso que lo presupuestado, pero que
se logrará. En esa línea, se informó que las represas en cuestión pasarán de
tener 11 a 8 turbinas, se reducirá el monto de la obra de US$ 7600 millones a
US$ 4000 millones, se aplazarán los tiempos de la misma y que la provincia de
Santa Cruz obtendrá un 12% de regalías por la energía transportada al país,
aunque el Estado Nacional mantendrá la propiedad de las obras. Esto visibiliza
que el proyecto hidroeléctrico responde meramente a compromisos financieros con
otra nación para evitar una eventual situación de cross default, más que por
genuinas prioridades energéticas y ambientales, consensuadas estratégica y
participativamente entre todos los argentinos.
2. Impacto socio-ambiental
Dentro de la comunidad científica, existe consenso al afirmar que
la construcción de represas es una de las mayores causas de disrupciones en los
flujos de agua. Al mismo tiempo, son factores destructivos primarios del
hábitat acuático, contribuyendo sustancialmente a la destrucción de pesquerías,
la extinción de especies y la pérdida generalizada de servicios ecosistémicos
de los cuáles depende la economía humana. Un informe sobre impactos
particulares del complejo hidroeléctrico Kirchner- Cepernic realizado por la
Administración de Parques Nacionales destacó el riesgo en la pérdida de la
biodiversidad, comunidades limnológicas, así como de valores culturales, debido
a la pérdida de información arqueológica y patrimonio paleontológico.
Un complejo hidroeléctrico como éste convertiría al río Santa Cruz
en grandes embalses artificiales, devastando un ecosistema irremplazable como
el área de influencia del Parque Nacional Los Glaciares (declarado Patrimonio
de la Humanidad por la Unesco) que alberga los glaciares Perito Moreno y
Upsala, y el Parque Nacional Monte León. Asimismo, la confluencia y
desembocadura de los ríos Chico y Santa Cruz ha sido declarada como AICA (Área
de Importancia para la Conservación de las Aves). El sitio es clave como lugar
de invernada para el críticamente amenazado macá tobiano (Podiceps gallardoi),
ave endémica de la Argentina registrada sólo en la provincia de Santa Cruz y
declarada Monumento Natural Provincial.
3. Déficits en materia de transparencia e información pública
ambiental
El proyecto se encuentra viciado desde sus inicios,
caracterizándose por una preocupante y sistemática ausencia de información
vital, impidiendo al proceso de Evaluación de Impacto Ambiental (EIA) cumplir
con sus fines preventivos y precautorios y violando las previsiones de las
leyes General del Ambiente (25675), de Protección de Glaciares (26639) y de
Parques Nacionales (22351). Esta clase de deficiencias le fueron planteadas por
sendas acciones judiciales a la Corte Suprema de Justicia de la Nación, la cual
recientemente exhortó al Estado a que informe si se han llevado a cabo estos
estudios, previo a la construcción de las represas.
Entre las irregularidades más notables se destacan principalmente
dos: la falta de un proceso de adjudicación transparente, realizado previo a la
aprobación de la construcción, violando además el procedimiento administrativo
de EIA, ya que se inició meses antes de realizar un estudio que permitiera
evaluar adecuadamente los efectos de la obra en el ambiente y la comunidad; y
la instancia defectuosa de participación ciudadana que impidieron una real y
genuina contribución del público, haciendo que dicho ejercicio quedara reducido
a un mero formalismo.
Ayer se informó públicamente que se avanzará, en lo inmediato, con las obras de
ingeniería y quedará habilitado sin más trabas el resto de la línea de créditos
chinos, avivando otro debate que es el rol del financiamiento extranjero, en
este caso chino, en nuestra economía. Pareciera que la presión para realización
de las obras excede las necesidades nacionales para enfrentar la crisis
energética y este proyecto sería un bastión en la Asociación Estratégica
Integral. En efecto, en respuesta desde el gobierno de China se
advirtió que frenarían otros convenios acordados a partir de julio de 2014,
entre los que se encuentran las obras para las centrales nucleares y un swap
financiero, herramienta para estabilizar el tipo de cambio y de esta
manera fortalecer el nivel nacional de reservas.
En definitiva, se avanza aun cuando no atravesó el proceso
jurídico-administrativo de la EIA y Evaluación Ambiental Estratégica.
Hoy se desconocen los potenciales daños que las represas podrían
generar, incluso con el nuevo diseño. El indicar que por el simple pase de 11 a
8 turbinas, se evitará que la potencia de las represas impacte en el ambiente
es, por lo menos, una irresponsabilidad del Estado Nacional.
Fuentes: Río Santa Cruz Libre - La Coalición está integrada por las
organizaciones Fundación Ambiente y Recursos Naturales (FARN),
Aves Argentinas, Banco de Bosques, Flora y Fauna, Fundación Naturaleza
para el Futuro (FuNaFu) y Fundación Vida Silvestre Argentina (FVSA).
Mis
ríos corren
libres y cantarines
con aguas limpias y puras
los peces nadan felices y van
y vienen y vuelven, van y vuelven.
¡Qué alegría me dan mis ríos llenos de vida
el agua se desliza mansa en su viaje de ida!
Las cascadas y rápidos la mueven
los pueblos de la orilla van
a nadar y a pescar horas
libres y cantarines
corren mis
ríos.
Tus
ríos están
presos y callados
con aguas sucias y muertas
los peces se fueron tristes, no van
no vienen y van, no nadan, no existen.
¡Qué pena me dan tus ríos llenos de represas
grises y altos muros mantienen al agua presa!
Con falsas promesas de progreso revisten
la pobreza de los pueblos que quedan
ahogados, aislados, muertos,
olvidados y callados
tus ríos
están.
La construcción de
la presa de São Luiz do Tapajós se ha paralizado después de que
un organismo estatal reconociera que el proyecto vulnera el territorio donde
vive la tribu Munduruku.
Los planes de construir una
gran presa hidroeléctrica en el Amazonas se han interrumpido después de que el
Instituto Brasileño de Medio Ambiente (Ibama) suspendiera la concesión de licencias
por el impacto que podría tener sobre las comunidades indígenas en la zona.
Un indígena munduruku junto a un policía durante la ocupación de la central eléctrica de Belo Monte, que comenzó a funcionar la semana pasada. EFE
La presa de 8.000
megavatios de São Luiz Do Tapajós es uno de las piezas clave en el
proyecto gubernamental de expandir la generación eléctrica en el Amazonas.
Sería la segunda más grande del país, después de la controvertida central
eléctrica de Belo Monte, que finalmente comenzó a operar la semana
pasada.
Pero en una carta enviada
esta semana a las autoridades de Electrobrás, la empresa estatal de energía, y
a la Funai, la agencia de asuntos indígenas, Marilene Ramos, presidente de
Ibama, destacó la "inviabilidad del proyecto debido al factor
indígena".
Cerca de 10.000 personas de
la tribu Munduruku viven alrededor del río Tapajós. La presa causaría la
inundación de gran parte de la zona, lo que provocaría el traslado obligatorio
de, por lo menos, algunas de las comunidades indígenas, una medida que está
estrictamente prohibida por la Constitución de Brasil, excepto en casos de
epidemia o de guerra.
Protesta contra la represa y la central eléctrica en el río Tapajós. FOTO: GREENPEACE
Durante diez años, los esfuerzos
del pueblo Munduruku por preservar su territorio fueron en vano debido a la
constante negativa del Gobierno de reconocer el territorio indígena, lo que
provocó que la comunidad llevara a cabo su propio proceso de demarcación. Pero,
en otra victoria para el pueblo Munduruku, esta semana la Funai ha publicado un
informe inicial que delimita 170.000 hectáreas de territorio pertenecientes a
los indígenas Sawré Muybu.
Un informe clave y una ley
que retrocede
Según el director del
programa Amazonas de la ONG International Rivers, Brent Millikan, "la
publicación de este informe es de gran importancia": "Esto significa
un palo en la rueda del proceso de concesión de licencias. Demuestra que hay un
derecho constitucional que se debe respetar". De acuerdo con Ramos,
el futuro de la concesión depende ahora de un "informe final" de la
Funai. Si la agencia de asuntos indígenas confirma el estado de las tierras,
los activistas piensan que será muy difícil que el Gobierno trate de burlar la
Constitución".
Concienciando sobre la necesidad de la no construcción de represas
"La Constitución de
Brasil es bastante progresista cuando se trata de reconocer a los pueblos
indígenas y sus derechos", explica Millikan. "Solo en
circunstancias extraordinarias se podría explotar los recursos de sus tierras y
tan solo mediante la aprobación del Congreso".
Por ahora el obstáculo
mayor para avanzar con el desarrollo de la cuenca del Amazonas es económico.
Tras años de demandas que amedrentaron a la presa de Belo Monte, las empresas
de construcción y energéticas no las tienen todas consigo para ponerse a
arriesgar grandes cantidades en los estudios de impacto ambiental de proyectos
que podrían no ver la luz, en especial en medio de una crisis económica.
Según Márcio Santilli,
socio fundador de la ONG Instituto Socioambiental (ISA), "estas presas se
planificaron cuando el Gobierno esperaba un incremento en la demanda energética
del 4% anual en relación con el crecimiento": "Pero en 2015, el PIB
se contrajo un 3,8% y las proyecciones para 2016 indicaban una caída
similar".
Danza Munduruku a lo largo del Río Tapajós en Noviembre 2.015 durante la "Caravana de la Resistencia"
Aunque la recesión haya
obligado a hacer una pausa en el desarrollo de la región, la crisis política
brasileña, que todo parece indicar terminará con la destitución de Dilma
Rousseff el próximo mes, podría cambiar esa dinámica. Como
recuerda Santilili, se trata de "un momento de gran
inestabilidad": "Posiblemente, la elección de un nuevo presidente de
Ibama podría revertir la decisión de suspender las concesiones".
A principios de
la semana pasada, Eduardo Braga, ministro de Minas y Energía de Brasil,
renunció a su cargo. Es probable que no se le busque un reemplazante hasta
después de que el Senado vote, a mediados de mayo, si decide o no realizar el
juicio político a la presidente Rousseff.
Caciques y Guerreros Mundurukus protestando en la Cámara de Diputados en Brasil el 10 de Diciembre de 2.013. Fotografía: Luís Macedo / Acervo / Cámara de Diputados Brasil
Además de esta
incertidumbre, el Senado está tratando ahora una ley estratégica de desarrollo,
conocida como PLS 654/2015, que podría acelerar de forma significativa el
proceso de concesión de licencias: reduce la protección ambiental consagrada en
la Constitución de Brasil y elimina las consultas públicas como requisito
imprescindible en temas medioambientales.
Fuente: The Guardian (Bruce
Douglas)
Traducción de Francisco de
Zárate para eldiario.es
25 de Abril de 2.016
Lider Munduruku caminando a lo largo del Río Tapajós , Fotografía: Lunae Parracho (Greenpeace)
Un viejo debate reaparece por el pánico de la
población a enfermarse. Se denuncian cientos de casos y el gobierno está
desorientado. Ambientalistas ratifican su dura posición. La OMS recomienda no
hacer represas en zonas subtropicales. “Son reservorios gigantes de mosquitos”,
aseguran.
Larvas del Aedes Aegypti
Una vez más la provincia de Misiones padece un fuerte embate de las
enfermedades vectoriales y como aun no se percibe una clara política de lucha
y/o prevención por parte del gobierno, la población entra en pánico.
En esta ocasión, el protagonista es el Dengue, pero
años anteriores se sufrió por Leishmaniasis y Fiebre Amarilla. Siempre la gente
aparece indefensa; el gobierno desprevenido y las verdaderas causas escondidas.
Largas filas en los Hospitales, cientos de reclamos
de limpieza y fumigación, aumento del precio de repelentes, y poca información
oficial sobre el tema. Son los retratos de este caluroso Enero en Misiones.
Después de discutir lo urgente, de a poco se vuelve
al debate de fondo. Porque hay Dengue en Misiones? Parte de la discusión está
más que clara para los ambientalistas que integran la Mesa Provincial por el NO
a las Represas que desde hace años aseguran categóricamente que las hidroeléctricas
son parte de las verdaderas causas de las enfermedades vectoriales. “Yacyreta
es un reservorio gigante”, indicó a Misiones Cuatro el ambientalista Eduardo
Lujan.
Y a propósito del tema, sin dudar agregó que “está
bien que se haga la campaña para que la población colabore y que se reclame que
se fumiguen los barrios y demás, pero nada de eso es suficiente, porque la
ciudad está rodeada de agua estancada”.
Aedes aegypti, portador del dengue
En este sentido el ambientalista explicó que el
problema radica además en que en Posadas hay agua estancada en toda la ciudad,
no solo por el Lago de Yacyretá, sino que también los arroyos afluentes del
Paraná están “taponados” por la altura excesiva del río y provocan inundaciones
cada vez que llueve generándose así grandes charcos de agua dentro de la ciudad
sin la contención adecuada.
Luján explicó: “Pero no porque lo digamos nosotros,
sino porque esto lo recomienda desde hace ya muchos años la Organización
Mundial de la Salud, que recomienda no construir mega represas en zonas
tropicales o subtropicales; porque este tipo de enfermedades se transforman en
endémicas automáticamente, porque hay una relación directa con el estancamiento
del agua y la proliferación de los vectores de estas enfermedades”.
“Hace veinte años dije que las represas envenenan
las aguas generando dengue y leishmaniasis, me trataron de loco”, había
asegurado el ingeniero Eduardo Basso del Pont al diario TN Goya de Corrientes.
“Represas significan: impactos ambientales
tremendos, desalojo de poblaciones de sus lugares de asentamientos,
enfermedades, contaminación de las aguas y que el resto de los argentinos
paguemos las fiestas de algunos. Sin embargo, sólo nos hacen socios en la
contaminación, en el quebranto, en el riesgo de estallido de la represa y en el
envenenamiento del agua”, sentenció el ecologista hace un par de años."
Por su parte, al respecto del problema sanitario
que trae aparejado la construcción de Represas, el ecologista Raúl Aramendy
siempre destacó el informe sobre “Enfermedades Parasitarias, Desarrollo Hídrico”
(1994) de la Organización Mundial de la Salud, en la que se recomienda no
construir represas hidroeléctricas en zonas tropicales y subtropicales, por
considerarlas “zonas de alto riesgo” para las zoonosis, desde el punto de vista
ambiental y sanitario.
Lugares de reproducción del mosquito Aedes Aegypti en los domicilios y consejos para combatirlo
En este sentido, Aramendy siempre aseguró que la
represa de Yacyreta “nos trajo” las enfermedades vectoriales como el Dengue y
la Leishmaniasis pero también advirtió que ya se pueden encontrar los vectores
de la esquistosomiasis.
“El desarrollo económico no debe deteriorar la
salud, ni causar enfermedades”, señaló Raúl Aramendy.
La Organización Mundial de la Salud, organismo de
Naciones Unidas a recomienda “No hacer represas entre los paralelos 30 de
latitud norte (Subtropico de Cáncer) y 30 de latitud sur (Subtropico de
Capricornio). Misiones se encuentra entre los paralelos 25 y 27. Totalmente
dentro de lo que la OMS considera “zona de altísimo riesgo sanitario”. Hacer
represas en estas latitudes es montar una “bomba biológica” dice el documento
de la OMS “Enfermedades parasitarias y desarrollo hidráulico”, 1994.
Misiones: Malaria, Leishmaniasis, Dengue y demás
yerbas
Fragmento del texto: Megarepresas: Pensando sobre
la relación entre la sanidad, la salud, la economía y el desarrollo
(Ecoportal.net) Raúl Aramendy – Ambientalista.
Me veo en la obligación de volver a poner esta
cita: “Hay que partir del principio de que el desarrollo económico no debe
deteriorar la salud ni causar enfermedades” Principio Básico de la OMS, pag.
103, “Enfermedades parasitarias y desarrollo hidráulico”, 1994.
Campaña de erradicación del Dengue
En la nota anterior hablamos de la esquistosomiasis
y del caracol vector de esta enfermedad grave. Lo repito porque andan
circulando por allí afirmaciones acerca de que sólo los mosquitos son vectores
de enfermedades, para el caso de las megarepresas, y no es así. A la vez que
afirmar que hay vectores que aparecen sólo cuando las condiciones del lugar son
óptimas para su vida (como aguas de lenta circulación, por ejemplo). Y claro
que esto es una cuestión sanitaria.
Hacer o no una tremenda represa, estancando grandes
cantidades de agua, inundando miles de hectáreas, es una cuestión sanitaria, y
no solamente el ver qué hacemos después del desastre para evitar que sea tan
grave (se está creando, en estos momentos un Instituto, con sede en Iguazú,
para el estudio de Enfermedades Tropicales, por parte del Estado nacional, como
si ya se lo vieran venir y se prepararan para actuar después del desastre,
mitigándolo, y no antes para evitarlo).
Los problemas sanitarios que están ocasionando las
mega-represas en todo el mundo, preocupan a científicos, técnicos,
sanitaristas, médicos y centros de estudio del mundo y de nuestra región, en
grado creciente. El Foro Boliviano de Medio Ambiente y Desarrollo (Fobomade),
preocupado por la construcción de represas en Brasil, en la región fronteriza
con el departamento de Pando, realizó un estudio publicado en el documento
“Bajo el caudal: El impacto de las represas del río Madera en Bolivia”. En el
afirman que “Más víctimas de malaria, dengue y leishmaniasis son las
consecuencias que puede tener la construcción de represas en Brasil, en la
región fronteriza con el departamento de Pando”. Estas afirmaciones fueron
avaladas por el viceministro de Biodiversidad, Recursos Naturales y Medio
Ambiente, Juan Pablo Ramos, quien explicó que Bolivia hizo una evaluación
técnico-científica en el 2008 que confirma los efectos negativos de esas obras.
El informe del Fobomade advierte que los niños serán el grupo más damnificado
por la malaria, además de los inmigrantes. Los cálculos apuntan a que serán 13
veces más vulnerables con la nueva represa, en especial los menores, y hasta
cinco veces más, la población en general.
Pando es el departamento de Bolivia con mayor
incidencia de malaria, situación que no parece preocupar para nada a Brasil el
país, que junto a China, más represas está construyendo en América Latina en
estos momentos, sobre todo dentro y en zonas de frontera.
Un elemento importante para las reflexiones que
nosotros tenemos que realizar ante los intentos de construir Garabi y Panambi
es que, como afirma el estudio boliviano “El efecto predecible es que
poblaciones cercanas a sitios de inundación a un promedio de tres kilómetros
(rango de vuelo de los mosquitos) incrementarán sus niveles de incidencia en
malaria”. Una Misiones con malaria, con leishmaniasis, con dengue, con
esquistosomiasis, con fiebre amarilla y demás enfermedades tropicales, será muy
poco atractiva para el turismo internacional que nos permitió, por ejemplo en
el 2006, generar ingresos del orden de los 700 millones de pesos.
¿Y cómo puede incidir una mega-represa en la
proliferación del dengue? El estudio señala que “la construcción de espacios
urbanizados para quienes se encarguen de ejecutar el proyecto puede desembocar
en la propagación del vector, que, se asevera que es urbano, pero se sabe que
puede reacomodarse eventualmente en áreas rurales.”
“Lo que eleva el riesgo de contagio es que esos
asentamientos, en general, no suelen estar dotados de los servicios básicos
suficientes, como un adecuado sistema de distribución de aguas, por lo que el
grado de precariedad es también una causa de la proliferación del insecto.”
“La propagación del dengue implicaría al Estado un
costo para la atención de los damnificados y una inversión para equipamiento de
fumigación con agentes químicos a fin de eliminar los criaderos de larvas de
los mosquitos Aedes aegypti.” No olvidar que acá ya tenemos dengue.
Con respecto a la leishmaniasis nuestros vecinos
informan que “Hay en el país entre uno y tres casos de leishmaniasis por cada
1.000 habitantes, y en zonas de alto riesgo, como las áreas selváticas
pandinas, la incidencia se eleva a tres casos. Está presente en regiones de
esas características del oriente, Cochabamba, Tarija y La Paz.” A tener en cuenta
por parte de los misioneros que ya tuvimos (¿por incidencia de Yacyretá?)
brotes de leishmaniasis en nuestra provincia, sobre todo de la canina. Y hay
que decirlo, los animales importan, no son cosas, son seres vivos. Aunque
también tuvimos ya casos en humanos, que también importan.
Campaña de prevención del Dengue
La Leishmaniasis canina es una enfermedad causada
por un protozoario, Leishmania spp, transmitido por mosquitos del género
Phlebotomus. Lamentablemente nos conviene conocer estos detalles.
La Leishmaniasis canina no es sólo un problema
veterinario, debido a que es una zoonosis de importancia mundial.
Crece en el mundo y es de reciente aparición en
Argentina, siendo que la prevalencia de la enfermedad es mucho mayor a lo que
se suponía en un principio. El perro actúa como reservorio de la Leishmaniasis
humana e incluso los perros con infecciones inaparentes son capaces de
transmitir la enfermedad a través de vectores y juegan un rol fundamental en la
diseminación del parásito. Nuestro alerta debe ser mayor y preventivo ya que,
lo repito, humanos y caninos comparten el vector, siendo estos últimos
reservorios de esta enfermedad de gran importancia epidemiológica.
Mas aguas estancadas rodeando a todo Misiones
(tener en cuenta que a Garabi y Panambi se pretende sumar la represa de Corpus
–prohibida por Ley Provincial- y, según el diputado Llera, una más que los
brasileños pretenden hacer en su territorio pero sobre el rio Iguazú, afectando
fuertemente a las Cataratas).
La Agencia Nacional de Energía Eléctrica de Brasil,
adjudicó recientemente los contratos para construir una represa hidroeléctrica
sobre el río Iguazú que estaría emplazada a menos de 1 kilómetro del Parque
Nacional Iguazú y a unos 100 kilómetros de la localidad misionera de Andresito,
entre Capanema y Capitán Leónidas, ciudades brasileñas del Estado de Paraná.
Generaría una potencia de 350 megawatts, suficiente para abastecer a una ciudad
de alrededor de un millón de habitantes o a una provincia, como Misiones. El
embalse va a inundar unos 13,6 kilómetros cuadrados y exigirá la relocalización
de 360 familias. Esa cantidad de Mw/h es, según manifestó el Gobernador Closs,
el tope de consumo de Misiones, a las 15 hs., en verano.
Tengamos en cuenta que los brasileños YA
construyeron, sobre el rio Iguazú, las represas de Salto Osorio, Salto
Santiago, Segredo y Foz de Areia (Ver el excelente informe de “Primera
Edición”, serie Temática, del 14 de marzo –día mundial de lucha contra las
represas- del 2006), a la que debemos ya sumar (¿la última?) Salto Caxias. Esta
es la más próxima a nuestra frontera.
Aunque aún Misiones no tiene una Matriz Energética
(y sobre esto volveremos en futuras notas) confiamos en este dato del
Gobernador. Y de paso decimos que si ese es el potencial que nuestra provincia
consume actualmente deberíamos, si pensamos desde, con y para los misioneros,
preocuparnos por generar esta cantidad más lo necesario para crecer en los
próximos 30 años, o poco mas, que es lo que tienen de vida útil casi todas las
megarepresas, con los niveles de fuerte colmatación que sufren por la modalidad
de producción agrícola hegemónica, basada en el monocultivo extensivo y el
desmonte generalizado. ¿Por qué pretendemos generar, con Garabi más Panambi
unos 2.200 Mw? Mas, aun, cuando desde la Represa de Uruguai, construida hace ya
casi dos décadas, se genera en estos momentos 150 de los 350 MW/h del consumo
actual. Al decir del presidente de la empresa Electricidad de Misiones SA
(EMSA), Héctor López Ricci, “hay perspectivas positivas en relación a la cota
del lago, hecho auspicioso porque aporta una seguridad importante al sistema
provincial, además de energía suficiente para sostener la actual demanda”
(declaraciones periodísticas del 15 de Febrero del 2011 Edición Nº 22 de El
Libertador, subrayado nuestro).
Datos como estos, y otros que analizaremos en
próximos artículos, nos permiten concluir que no se está pensando en las
necesidades de autoabastecimiento de energía eléctrica para los misioneros,
cuando se nos proponen nuevas megarepresas en esta región. Sobre todo teniendo
en cuenta que la mitad del Complejo Garabi-Panambi (1.100 MW) ira,
directamente, a Brasil. Muchos problemas y consecuencias para pocos resultados,
mirándolo desde los intereses de los misioneros.
Fuente: Garupadigital.com – Garupa (Misiones-Argentina)
– 19 de Enero de 2.016.