Un espacio destinado a fomentar la investigación, la valoración, el conocimiento y la difusión de la cultura e historia de la milenaria Nación Guaraní y de los Pueblos Originarios.

Nuestras culturas originarias guardan una gran sabiduría. Ellos saben del vivir en armonía con la naturaleza y han aprendido a conocer sus secretos y utilizarlos en beneficio de todos. Algunos los ven como si fueran pasado sin comprender que sin ellos es imposible el futuro.

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jueves, 11 de julio de 2024

Eu sou a Vida, SOU GUARANÍ





Eu sou a vida, Sou Guaraní
Eu sou a vida
De outra vida
Sou eu quem trago a vida
Nessa vida sou querida
Por conceber outra vida
Cresce em mim
A essência
O amanhecer e o anoitecer
Eu sou o despertar
Dos olhos que vê
O sol nascer
Eu sou um rio
A força de uma nascente
Eu sou o mar na floresta
Eu sou a fresta do amanhã
O milagre de Tupã
Eu sou dona do choro que nasce
O sustento para que passe
Na hora que o rio me chama
Meu rio interior deságua
Num choque
Entre calor e frio
Há mais uma vida no rio
Eu sou Maria
Sou do povo
Sou guarani

Mestre Hélio André Vidal de Souza 

miércoles, 8 de marzo de 2017

Mulher guerreira

Mulher
Um ser indestrutível
Uma deusa eu acho
Que caminha
Que pisa suave
Que dança sem música
Que canta
Que encanta
Que ensina
Que cuida
Que cura
Que doçura

Que flecha
Acha uma brecha
Que faz festa
Que traz o brilho na testa
Que joga peteca
Mulher negra,india,sueca,etc
Amante,esposa,namorada
Minha prometida amada
Que põe o pé na estrada
Que carrega enxada
Que capina
Que assassina
A fome
Dos filhos que não come
Colocando no prato vazio
Amor
Mestre: Hélio André Souza
07-03-2017


Irmãos



Vamos caminhar juntos
Fazer o mundo pequeno
Nadar em rios
Bem fundo
Da onça vou te proteger
Quando vier te querer

Meu bem me quer é você
Ninguém vai te flechar
Ninguém vai te morder
Ninguém vai te matar
Eu vou avisar
Que você é parte de mim

Meu abraço
Meu cansaço
De tanto correr
No entardecer
Termina na noite
Balançando na rede
No vai e vem do sono
Tanto em mim
Tanto em você

Nada vai te impedir de partir
De volta pra mata
Vai ficar a lembrança
Dos seios
Que nos alimentaram
Afrouxa o arco
Conheço aquele que corre
Não atirem
É meu irmão 



A mata encantada
De fomes saciadas
Abaixados nas margens
Decoradas por areias
De cada lado olhares
Se reconhecem
Enquanto os pingos escorrem
De volta ao rio
Matando a sede
E a saudade
Sem despedida
De idas
E vindas
 Hélio André Souza 

lunes, 11 de julio de 2016

Eu sou a vida, Sou Guaraní


Eu sou a vida
De outra vida 
Sou eu quem trago a vida
Nessa vida sou querida
Por conceber outra vida
Cresce em mim
A essência 
O amanhecer e o anoitecer
Eu sou o despertar 
Dos olhos que vê 
O sol nascer
Eu sou um rio
A força de uma nascente
Eu sou o mar na floresta 
Eu sou a fresta do amanhã 
O milagre de Tupã
Eu sou dona do choro que nasce
O sustento para que passe
Na hora que o rio me chama
Meu rio interior deságua
Num choque 
Entre calor e frio
Há mais uma vida no rio
Eu sou Maria
Sou do povo
Sou guarani.

Mestre Hélio André Vidal de Souza
Fuente: O caminho

lunes, 4 de julio de 2016

A miséria humana

A miséria humana é cinza
A miséria humana arde como brasa
A miséria humana cobre o solo de morte
A miséria humana sufoca a alma
E enche me os olhos de tristeza

Ela consome a vida
Destrói os sonhos
Das crianças
Dos guerreiros
Das mulheres
Do pajé

A miséria humana é cinza
Dos corpos cremados na floresta
Dos pássaros
Das centenárias castanheiras
Do ipê
Sem o canto do uirapuru
Do cedro tostado nú
Das onças
Que nunca mais irão rugir

A miséria humana agoniza
Na queima dos galhos desumanos
Que enchem o pulmão humano
De partículas de seu próprio egoísmo
Que não o fazem
Centro de todo universo
E ele respira sua conspiração
Envenenando sua doente sociedade

A miséria humana é cinza
A miséria humana arde como brasa
A miséria humana cobre o solo de morte
A miséria humana sufoca a alma
E enche me os olhos de tristeza

Mestre:Hélio André Vidal de Souza 4/7/16



sábado, 2 de julio de 2016

Cuidar a natureza



O homem queria comprar o vento
O homem queria comprar a terra
O homem queria comprar o mar
O homem cercou os rios
Inundou tudo e falou ser dele

Veio a morte levou o homem
Sem nada por ele pagar
Sua casca levado ao fogo
Virou cinza lançado ao mar
Parte dela o vento levou
Que de adubo serviu a terra
Veio a chuva e lama virou
Escorreu pro rio
Que ele comprou

O canoeiro lançou a flecha
No caminho feito no Rio
E no reflexo do espelho d'água
Viu a face de um triste homem
Que a natureza absorveu
Jogando na canoa
O peixe que Tupã lhe deu
O canoeiro partiu
Da mesma forma que o viu

O homem queria comprar o vento
O homem queria comprar a terra
O homem queria comprar o mar
O homem queria comprar os rios

Veio a morte levou o homem
Sem nada por ele pagar.

Mestre Hélio André Vidal de Souza 19/2/16