lunes, 23 de septiembre de 2024

Primavera - Rose Ponce


Momento de renascimento da Terra, onde podemos e devemos a nossa jornada também rever situações, posicionamentos e posturas que precisam ser podados, revistos, reajustados para que o florescer venha de dentro pra fora, perfumando nossa jornada, alma e coração.
Aqui hoje, peço perdão.
Perdão a Mãe Terra por toda dor que sua "carne" sente. Queimada sua pele, sua carne arde em chamas e seus filhos de quatro patas, penas, o povo em pé...sentem nossa indiferença e maus tratos.
Perdão por minha auto importância, por minha arrogância e minha prepotência.
Perdão por minha fala em desequilíbrio, minha postura muitas vezes inflacionada pelo ego.
Perdão aos homens por todo julgamento e por minha mão não estendida por muitas vezes. Zona de conforto também é isso.
Perdão as mulheres por virar a página deixando de escrever a história de nossas jornadas, juntas!
Perdão aos mestres por minha teimosia exagerada, que se transforma em não aprendizado, deixando partes de mim pelo caminho.
Perdão aos meus ancestrais por não dançar a dança da humildade quando vocês me chamam a um caminho e eu simplesmente digo não.
Perdão por todas as vezes que minha fala saiu como tiro de minha garganta, ferindo ao invés de sanar, como deve ser meu caminho.
Perdão.
Nesse momento, volto dez casas no jogo da vida e me deparo com o espaço de Nanã onde me ajoelho e peço: "decanta em mim o que não serve. Paralisa em mim as águas que formam redemoinho e as transforme em cristalinos cristais da mais pura água e que elas sirvam para matar a sede de acolhimento e bondade em todos os que eu cruzar pelos caminhos.
Perdão Mãe por muitas vezes enxergar mais a mim mesma do que a Ti em minhas pegadas.
Perdão.
Nessa primavera me coloco como aprendiz das flores. Descobrindo meu perfume original, e de mim extrair o mais puro mel das boas palavras.
Que de mim a partir de hoje apenas o bem, o bom, a delicadeza, a doçura, a humildade e o ser aprendiz, sempre, escorram de meus lábios como fonte da própria Mãe.
Que essa primavera me faça ser somente o que vim ser e que não me renda jamais, ao cheiro que não tenho, as cores que não me pertencem, as palavras que não são setas de luz, a dança que não são para meus pés.
Aqui e agora me entrego ao meu coração e digo: sou Sua aprendiz. Faz de mim um instrumento de Seu Amor.
Aguyjevete
Rose Ponce
Pará Mirim Poty
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